O objetivo do tratamento dos cancros da cabeça e pescoço é controlar a doença. Contudo também se pretende preservar tanto quanto possível as funções das áreas afectadas, bem como ajudar o doente a voltar às actividades normais assim que possível depois do tratamento.
Os objetivos da reabilitação dependem da extensão da doença e do tratamento que foi feito. Dependendo da localização do cancro e do tipo de tratamento, a reabilitação pode incluir fisioterapia, aconselhamento alimentar, terapia da fala e /ou aprender a tratar de uma traqueostomia.
Uma traqueostomia é uma abertura feita na traqueia para respirar após uma laringectomia, cirurgia em que é retirada a laringe.
Por vezes, especialmente no cancro da boca, pode ser necessária cirurgia plástica e reconstrutiva, para reparar ossos ou tecidos. Contudo a cirurgia reconstrutiva pode não ser possível, dada a extensão de tecidos afectados pelo tratamento cirúrgico ou radioterapia.
Nesses casos, um protésico pode realizar uma prótese (parte de dentadura ou face artificial) para repor a capacidade de engolir, falar e aspecto satisfatórios. Os doentes são ensinados a utilizar a respectiva prótese.
Os doentes que após o tratamento têm dificuldades em falar podem receber terapia da fala. O terapeuta da fala avalia o doente no hospital para planear o tratamento e ensinar exercícios de fala ou formas alternativas de falar. A terapia da fala habitualmente continua após o regresso a casa do doente.
Comer pode também ser difícil depois do tratamento para cancro da cabeça e pescoço. Alguns doentes após cirurgia recebem alimentação diretamente numa veia, ou necessitam de uma sonda para alimentação, até poderem comer por si.
Uma sonda para alimentação é um tubo flexível que é introduzida até ao estômago através do nariz ou por abertura feita no abdómen. O doente pode ser ensinado a engolir por enfermeiro ou terapeuta da fala.