Glossário de termos
Glossário de termos
A-E
ADN: trata-se de uma molécula (cujas siglas são ácido desoxirribonucleico) que tem por missão armazenar a informação genética que regula o crescimento, divisão e função das células.
Anticorpos: são proteínas produzidas pelo sistema imunitário cuja função é proteger o corpo de agentes que podem ser nocivos. Os anticorpos respondem a antigenes que contêm estes agentes, e desta forma definem o organismo. Cada anticorpo atua contra um antigene específico.
Angiogénese: é um processo essencial na transformação maligna do crescimento de um tumor, o qual consiste na formação de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes. É um fenómeno normal durante o desenvolvimento embrionário, no crescimento do organismo e na cicatrização de feridas.
Antigénio: molécula que se pode ligar especificamente a um anticorpo. Os antigénios podem estimular a produção de anticorpos e desencadear uma resposta imunitária.
Biomarcador: molécula biológica encontrada nos tecidos e fluidos corporais, como o sangue, que pode indicar se um processo está a funcionar normalmente ou não, assim como o estadio da doença.Conhecido também como marcador molecular, os biomarcadores podem ser utilizados para se compreender o potencial da resposta a um tratamento específico.
Biomarcador preditivo: um biomarcador utilizado para avaliar a probabilidade de uma resposta ou falha da mesma a uma determinada terapêutica, ou os diferentes outcomes de 2 ou mais intervenções clínicas.
Biópsia: procedimento através do qual se retiram amostras de tecido e células necessárias ao diagnóstico do cancro.
Biopsia do gânglio sentinela: excisão do gânglio do primeiro gânglio de drenagem do tumor (ver gânglio sentinela).
Cancro: é uma doença que se caracteriza pelo crescimento descontrolado de células de um tecido que invadem outros tecidos saudáveis do organismo, podendo também desloca-los ou destruí-los. Os seus sintomas e tratamentos podem ser muito diferentes em função da zona afetada e do estádio em que se encontra.
Carcinoma: trata-se do tipo mais comum de cancro, que deriva das estruturas epiteliais ou glandulares. A pele, boca, pulmão, mamas, estômago, cólon e útero são as partes do corpo em que se encontra com mais frequência este tipo de tumor maligno.
Células apresentadoras antigénios (APCs): células especializadas que podem processar os antigénios e exibi-los na superfície celular juntamente com outras proteínas co-estimuladoras necessárias para a ativação das células T naïve. A maioria destas células são células dendríticas, macrófagos e células B.
Células T ativadas: a célula T que foi estimulada a destruir células infetadas ou células tumorais após ligação com célula apresentadora de antigénio.
Células T inativa: a célula T que recebe sinais inibitórios para regular negativamente a sua atividade na execução da resposta imunitária.
Células T reguladoras: são células T efetoras que inibem a resposta das células T. Diferentes tipos de subgrupos foram distinguidos.
Checkpoint imunitário: via inibitória que regula as diferentes fases da resposta imunitária.
CTLA-4: antigénio 4 do linfócito T citotóxico, recetor inibitório de uma via de checkpoint imunitário.
Desregulação: interrupção ou diminuição do processo regulador fisiológico (incluindo o imunológico).
Evasão tumoral: conjunto de mecanismos através dos quais as células tumorais conseguem escapar a deteção e destruição imunitária. Também conhecido por fase de escape.
Estádio ou estado: sistema de classificação dos tumores, em função da sua extensão e da sua disseminação pelo organismo.
F-J
Imunidade (sistema imunitário): sistema de identificação e de defesa do organismo contra doenças, infecções, moléculas ou tecidos estranhos.
Imunohistoquímica (IHC): é uma técnica comum usada no diagnóstico tumoral. Deteta a expressão de uma proteína ou fosfoproteína numa amostra de tecido histológico. IHC utiliza anticorpos moleculares específicos juntamente com corantes colorimétricos para visualização microscópica das moléculas sinalizadas.
Imunoterapia: trata-se de um tratamento para o cancro cujo objetivo é destruir as células tumorais estimulando o sistema imunitário para que as reconheça e elimine.
Immunoediting: processo contínuo durante o desenvolvimento tumoral onde o sistema imunitário por um lado, protege o organismo do desenvolvimento de células tumorais e, por outro, promove o seu crescimento. Existem três fases: eliminação, equilíbrio e escape.
Imuno-oncologia: a ciência de estimular o sistema imunitário do próprio organismo a combater o cancro.
K-O
Leucemia: trata-se de um tipo de cancro que afeta a medula óssea, provocando um aumento significativo do número de células sanguíneas, tais como glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos e plaquetas.
Linfoma: é uma neoplasia hematológica maligna também chamado “tumor sólido hematológico”, trata-se de um tipo de cancro que afeta o sistema linfático. Existem dois tipos principais de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma de não-Hodgkin. Os linfócitos afectados podem dividir-se de forma anómala e demasiado rápida e/ou podem não morrer quando deviam dando origem ao linfoma.
Maligno: o mesmo que cancro ou neoplasia maligna. Tumor que tem a capacidade de invadir e destruir os tecidos adjacentes, disseminando-se depois para outras partes do corpo.
Marcadores tumorais: substâncias produzidas por algumas células cancerígenas. Podem estar presentes nos tecidos, no sangue ou na urina de doentes com cancro; também podem ser produzidos em situações benignas, tal como nos processos inflamatórios.
Metástase: trata-se de um processo mediante o qual um tumor primário maligno se dissemina para órgãos distantes. A presença de metástases é um fator muito importante no momento de determinar o tratamento e possível cura de um cancro.
Microambiente tumoral: ambiente celular no qual o tumor existe, incluindo células normais, moléculas, vasos sanguíneos que rodeiam e sustentam as células tumorais. O tumor pode afetar o microambiente enquanto o microambiente pode interferir na proliferação tumoral e metástases.
Neoplasma ou Neoplasia: crescimento anormal de células, dando origem a um tumor. Pode ser benigno, inicial ou localizado (in situ), ou maligno.
P-T
PD-1: proteína da morte celular programada-1, recetor inibitório de checkpoint imunitário.
PD-L1: ligando da proteína da morte celular programada-1, proteína transmembranar que se liga ao recetor PD-1.
PD-L2: ligando da proteína da morte celular programada-2, ligando secundário para o recetor PD-1.
PET (Tomografia de emissão de positrões): estudo de imagem que utiliza material radioactivo para visualização de lesões no corpo, na maioria, lesões malignas. Para além da informação morfológica dá também informação funcional.
Quimioterapia: é um tratamento comum para o cancro que consiste em fármacos cuja missão é evitar a proliferação e o crescimento das células cancerígenas.
Radioterapia: é um tratamento oncológico local que atua sobre o tumor, cujo objetivo é eliminar as células cancerígenas, impedindo assim que se reproduzam. Esta terapia é baseada em radiações ionizantes (raios X ou radioactividade).
Recaída: é o reaparecimento do cancro após tratamento; refractário é um cancro que resiste aos tratamentos.
Resposta imunitária: resposta do sistema imunitário a uma substância estranha ou antigénio.
Resposta imunitária adaptativa: no cancro, reação imunitária que é específica para um determinado antigénio relacionado com o tumor.
Resposta imunitária inata: primeira linha de defesa do organismo contra o cancro que não envolve o reconhecimento específico de antigénios.
TAC (tomografia axial computorizada): estudo computorizado radiográfico que gera imagens em cortes do órgão examinado.
Terapêuticas imuno-oncológicas: agentes que modulam vários componentes do sistema imunitário como combate ao cancro.
U-Z