Quais os tipos de alvo e alguns exemplos?

Angiogénese (ex: anti-VEGF[R]): os tumores são aglomerados de células que se multiplicam de forma desorganizada, mas que têm a capacidade de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogénese) para que recebam mais nutrientes do nosso organismo; as terapêuticas anti-angiogénicas fazem com que se iniba este processo, reduzindo o aporte de nutrientes para estas células, que sem irrigação sanguínea acabam por morrer.

Proliferação celular (ex.: anti EGF[R] ou anti-HER2): nas células do cancro existem mensagens conduzidas desde a superfície das células até aos seus núcleos centrais onde é armazenada informação utilizada para proliferarem, gerando novas células; estes agentes anti-proliferativos interrompem esses mensageiros, garantindo que a mensagem não chega ao destino.

Ciclo celular (ex.: inibidores de cinases dependentes de ciclinas): tal como muitos agentes de quimioterapia interferem com o ciclo celular – o processo que leva à divisão e multiplicação das células – também esta classe de terapêuticas alvo inibe enzimas deste processo, impedindo que as células do cancro se dividam.

Proteínas de reparação de DNA (inibidores da PARP): o nosso material genético (DNA), que codifica toda a informação que é necessária para formar o nosso corpo, está constantemente exposto a agressões que podem originar alterações e tornar a célula anormal.

Estas células por segurança acabam por ser eliminadas, no entanto o cancro pode ter ativação de proteínas que reparam esses danos no DNA, tornando as células cancerígenas imortais; os inibidores das proteínas de reparação de DNA, nesses tumores com essa mutação que confere maior atividade dessas proteínas, acabam por impedir esse mecanismo, tornando as células cancerígenas mais vulneráveis com o tratamento.

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PT-NON-02638 09/2023